Questionamento amador e conhecimento pra lá de duvidoso

 

Recebemos um e-mail da assessoria do candidato Jorge Luiz, candidato a prefeito de Ilhéus pelo PSOL, questionando o porquê de não publicarmos na íntegra os press releases enviados por sua campanha eleitoral. Este comportamento demonstra, sobretudo, o total desconhecimento da sua equipe do que seja a função deste tipo de material enviado.

Qualquer estudante de meio semestre de jornalismo entenderia o mecanismo. Nem merecia resposta. Mas vamos dá-la. Um press release não é necessariamente um documento para ser publicado na íntegra. É um material para servir como base para elaboração de matérias nos veículos de comunicação. Isso vale para todos os candidatos. Clique aqui e aqui e verá o que dizemos.

Temos a tranquilidade de dizer que o Jornal Bahia Online é um dos poucos veículos da internet regional que tratam todos os candidatos num mesmo patamar. Mesmo alguns nem sendo. É o exercício da democracia que norteia a nossa linha editorial. Jorge Luiz, Jabes Ribeiro e Carmelita Ângela continuarão a ter espaços para as suas publicações. Mas não temos obrigação – nem teremos esta postura – de transformar em verdade o que cada um deles ache que deva aqui publicar. Isso, por favor, façam em seus sites oficiais.

Por exemplo: Jorge Luiz, quem agora nos questiona, informa em seu material que o bairro Teotônio Vilela viveu a “Onda 50”. A informação, entretanto, não bate com a própria foto enviada por sua assessoria. A onda não foi sequer uma marola de meia dúzia de pessoas, de acordo com o que mostra a fotografia oficial. Aliás, tem sido ponto comum os assessores usarem uma coleção de adjetivos para emplacarem seus produtos. Em jornalismo, adjetivar é tomar partido, ter escolha. Nós não temos. Pelo menos, publicamente, que é o que importa neste espaço.

Aliás, uma coisa passou a nos intrigar. Qual o profissional credenciado que está produzido os press releases do candidato Jorge Luiz? Um jornalista? Ao que parece, pelo nível do questionamernto feito ao veículo, é alguém que não tem a mínima noção do que é ser jornalista ou fazer jornalismo. Por isso, consideramos fundamental que ao envio dos seus próximos materiais, sejam informados o nome e o número do registro do redator junto ao Ministério do Trabalho, como determina a lei.

Esta é a forma que não vai deixar pairar nenhuma duvida sobre se este "profissional" que está a serviço da campanha está ou não no exercício ilegal da profissão.